Estava eu visitando um blog de entretenimento que gosto muito, o Chongas (parabéns ao Flavio Lamenza pelo ótimo trabalho) quando me deparei com este vídeo de uma jornalista (Rachel Sheherazade) fazendo um editorial a respeito do carnaval.
O que me chamou atenção no post não foi o vídeo em si, nem o fato da salutar Inteligência da apresentadora, muito menos o fato da mesma ser loira, contrastando com sua inteligência (hehe brincadeira). Na verdade até já tinha visto o vídeo, que fez certo estardalhaço no twitter e em persos blogs, a exemplo do próprio Chongas, que registrou centenas de comentários neste post. No youtube apenas umas das versões do video foi visto mais de 700 mil vezes e recebeu mais de 4 mil comentários.
Nota: Um recurso de votação bem simples do Youtube, onde o internauta vota apenas dizendo se gostou ou não gostou aponta que mais de 7 mil pessoas gostaram do video contra 300 e poucas que não gostaram. Que diferença, não?
Acontece que os comentários no blog foram inflamados principalmente pela frase que acompanhava o vídeo, que dizia assim: “Eu sou feliz… Ela não é.” Claro que não li todas as respostas, pois eram muitas, mas deu pra notar que a grande maioria defendia a opinião da jornalista, que emitiu sua opinião sem medo mesmo correndo o risco de ser taxada de moralista, mostrou coragem principalmente por ter feito isso durante o carnaval, enquanto 99,99% da mídia enaltecia e exaltava esta “festa popular”, como se este fosse uma unanimidade entre nosso povo.
Particularmente concordo com o editorial, e vendo esta repercussão passo a acreditar ainda mais que o Brasil não ama o carnaval tanto assim, reforçou minha crença de que existem mais pessoas fugindo dele do que nas ruas se embriagando, Amém! Na verdade é uma pena que o termo moralismos seja visto como algo pejorativo ultimamente. Notei que existem sim, graças a Deus, muitas pessoas que ainda são felizes mantendo alguma moral.
O fato incitado pelo comentário da felicidade é que nem tudo é dual. Quem está lá pulando carnaval está feliz, Sim! Mesmo sendo uma felicidade efêmera e na maioria das vezes embalada por drogas e álcool. Mas isso não significa que quem não está lá seja infeliz. Os que se escondem naqueles dias de farra desenfreada são felizes também, pois encontram a felicidade em suas famílias, seus filhos, em momentos de retiro, no contato com a natureza. A “pequena” diferença entre estas felicidades é que uma dura quatro dias enquanto a outra dura o ano todo. Uma pode ter pequenas extensões em baladas e em rápidos relacionamentos sem compromisso e a outra é expansível para a vida toda, uma pode ter conseqüências graves em seus intervalos e a outra, apesar de ter lá seus percalços nas intempéries da vida, no fim sempre cresce. Errado é o careta convicto que está lá no carnaval tentando se moldar ao que a mídia diz que ele deve ser e fazer. Infeliz é o cara que pula a cerca, gosta da farra e está lá casado, fingindo ser sério.
A graça de tudo é que a felicidade não está no mesmo lugar para todos. Onde está a sua felicidade? Quanto tempo ela dura, quatro dias ou o ano todo? Enfim, seguimos todos na eterna busca da felicidade.
Assino em baixo!
Mateus
A minha felicidade dura o ano todo!!! Muito bom o post amor.
…Real, simples e bom!
Engraçado tu publicares este texto agora Gê.. Este final de semana a Martha Medeiros publicou um crônica na Zero Hora que falava justamente desta felicidade efêmera que festas e baladas te trazem e que o verdadeiro divertivemento vem com a maturidade. Adorei a frase em que ela diz mais ou menos assim: “Festa de vez em quando é bom, mas festa todo dia é coisa de gente triste. A vida mundana, ela mesma, tem que ser uma farra diária”
Beijos querido, ótimo texto!
gostei, essa apresentadora tem grau ehehee
Parabéns, você escreve tão bem, transmite por meio das palavras o mesmo sentimento que tenho em relação ao carnaval, e essa jornalista bambém.