Um dos fenômenos da internet que mais me chama a atenção é a capacidade que os e-mails têm de dar credibilidade a qualquer informação, por mais surreal que possa ser. Desde que a internet é internet que existem spams*, hoaxes**, correntes*** e outras coisas do gênero. Não se sabe ao certo quando nasceram essas coisas, mas acredito que a primeira mensagem enviada na Arpanet**** tenha sido aquela do sequestro para roubar os rins do cara, pobre do outro que a recebeu, que ainda não tinha para quem re-encaminhar a mensagem!
Ontem, 09/09/09 me fez voltar no tempo, ao dia 09/09/99. Há 10 anos estava eu, junto com alguns amigos fazendo o registro da “minha primeira empresa”. Ah sim, a primeira empresa a gente nunca esquece. Por idéia do mano amigo Miguel Salum foi escolhido este dia “cabalístico” para dar o pontapé inicial ao GuiaSaúde.com, uma das milhares de grandes idéias revolucionárias que tilintavam àquela época. Infelizmente foi também uma das milhares que não deram certo. Não que tenha dado errado por não ser boa, pois como muitas das outras a idéia era boa e até viável, mas subestimamos a complexidade do mercado de Internet, que existia há poucos anos e já estava povoado de muitos especialistas, com seus cargos de nomes exóticos; extravagantes.
Recentemente o conceituado banco de investimentos americano Morgan Stanley publicou um relatório no mínimo, diferente. Notório por seu poder de influência nas tendências globais da economia, com seus pareceres técnicos cheios de números, projeções e aplicações de complicadas teorias econômicas desta vez renderam-se à redação de um adolescente de 15 anos, onde são relatados com precisão de detalhes os hábitos de consumo de sua geração.
Ao cranear um bocado se entraria ou não nesse universo bloguístico me deparei com aquele famoso dilema Shakespeareano: Ser ou não Ser, eis a questão… ou que tal: Não ser ou Ser, eis a questão, pois ninguém jamais deixa de Ser, todo mundo É, e pronto, simples assim. Agora, a coisa que tange este mundo cibernético, de gigabytes a jato, é saber que podemos Ser além de nós pra nós mesmos, afinal de que vale “Ser” somente dentro do nosso confortável mundinho, escondido na zona de conforto do nosso umbigo?
Pois bem, estamos aí então, como se diz, colocando a cara a tapa. Ainda não sei que rumo se dará esse trem, se falaremos de tecnologia, política, bobeiras, música, poesia, religião, futebol… Quem sabe tudo isso, quem sabe nada disso. Sabe-se lá se existirão corajosos e pacientes para entrar e ler, – Não sei, mas como se diz: “Vamos experimentar”.
O que sei é que gosto muito da arte escrita e pretendo usar este canal para exercitar o ato de escrever, de trazer o mundo das ideias mais pra perto e com isso poder registrar de alguma forma as tais divagações 1.000 que sempre rondam este, tal qual você, ser pensante.
Sejam bem-vindos.